“O que vou fazer , então? Vou orar com o meu espírito, mas também vou orar com a minha inteligência; vou cantar com o meu espírito, mas também vou cantar com a minha inteligência.” I Coríntios 14:15.
“Mãe, não quero orar pelo almoço” diz minha filha de 8 anos.
“Mas porquê, filha?” lhe pergunto, como se já não soubesse a resposta.
“ Por que minha irmã não quis me dar a borracha que eu pedi!” diz toda ressentida... e lhe pergunto: “Filha, o que Deus tem com isso?” ela faz a carinha que lhe é característica porque já sabe o que vou dizer: “ Estou lhe pedindo para agradecer a Jesus pelo alimento que Ele lhe providenciou, Ele já fez a parte dele e Ele não tem culpa se a sua irmã não quis compartilhar a borracha com você! Sua chateação é com sua irmã e não com Deus!”
Entendendo, mas contrariada, ela submete sua vontade própria à voz da mãe e ora: “ Papai do Céu, obrigado pelo almoço. Amém!”
Agora pergunto, Deus aceita a oração da obediência? Onde está a espontaneidade? O sentimento?
Em nosso louvor, principalmente na igreja, somos freqüentemente tentados a dizer: “Hoje não estou a fim de cantar”, “ Meu louvor deve ser com sentimento e se não estou sentindo nada não vou cantar!”
O que Deus, pensa sobre nossa devoção? Precisamos estar sempre emocionados para adorá-Lo?
Vou colocar duas situações:
Andréia chega animada à igreja no sábado, no horário certo, dá uma olhada através da porta de entrada e vê que não tem nenhum de seus colegas, “ Ah! Vou dar uma volta! Cheguei cedo demais!” E ao dar meia volta escuta que o primeiro cântico começou, ela retorna e toma seu lugar nos bancos, participa daquele louvor e mais um e mais outro,ativamente, neste ínterim seus colegas começam a chegar, ela os cumprimenta de forma rápida mas alegre para não atrapalhar este momento especial de louvor, no seguinte cântico, porém, ela pensa: “Que chato! Não gosto desta música, é muito antiga! Quando é que vão aprender a selecionar só músicas boas para cantarmos?” e este pensamento ela espalha através dos colegas que estão ao seu lado que concordam com ela e boicotam, não cantam mas conversam. À introdução do seguinte cântico o murmúrio foi geral nesta turma: “ Legal, este é bom!” E cantam vivamente, a plenos pulmões.
Para Mateus a semana não teve nada que quisesse que se repetisse novamente, foi advertido no trabalho porque perdeu um cliente, sua namorada pediu um tempo sem ele entender, em casa, com os pais viajando está tendo que se virar sozinho na limpeza e cozinhando e para completar estava com uma gripe fortíssima, tudo indicaria que ele não iria naquele sábado à igreja, ademais das dificuldades ele sabia que ali renovaria suas forças, mas ir à pé? Naquela semana sua moto havia quebrado e estava na oficina.
“ Passar a vergonha de chegar sozinho e à pé na igreja?” Em sua mente perguntas surgiam querendo deixá-lo confuso, olhando para o relógio viu que agora já chegaria um pouco atrasado. Mesmo tendo muitos questionamentos na mente ele se lembrou que sua mãe lhe pedira que não faltasse aos cultos e por obediência aprontou-se rapidamente e foi à igreja, neste sábado, à pé. Quando chegou, já estavam cantando, sentou-se e ao erguer sua voz, mesmo rouca e afônica compreendeu porque o Senhor o fez lembrar, do pedido de sua mãe, para que viesse à Sua casa naquela manhã.
No salmo 81:1-4 versa sobre festejar e obedecer e inicia incentivando o louvor de forma alegre, com instrumentos porém já no verso 4 Deus nos diz que é ordem para Israel o louvor. No verso 13 completa ... – “Como gostaria que o meu povo me ouvisse, que o povo de Israel me obedecesse!”
Como Deus gostaria que nós o obedecêssemos! Observem que neste momento Deus exigiu que o louvor ocorresse entre o povo, mesmo que por obediência, porque Ele sabe que os benefícios são para quem obedece.
Estar em louvor é um privilégio e não devemos confundir louvor com diversão. Louvor é dedicado a alguém e diversão é um estado de prazer conseguido pela satisfação das vontades pessoais.
Isaías 43:21 confirma a nossa finalidade aqui: “Este é o povo que criei para que fosse meu a fim de que desse louvores ao meu nome.”
Os convido a orarem com a letra que há no cântico espiritual escrito por Jader Santos que diz:
“Entrego a Jesus meus caprichos pessoais,
As vontades tão carnais e sigo em frente.
Eu entrego a Jesus a impureza do meu ser,
Quero mais do Seu amor, quero viver em paz.”
E decidam como o apóstolo Paulo: “...Vou orar com o meu espírito, mas também vou orar com a minha inteligência; vou cantar com o meu espírito, mas também vou cantar com a minha inteligência.” I Coríntios 14:15.
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