Primeiro eu achei que era mais uma música desta onda sertanejo universitário – ainda tenho dúvidas se eles são mesmo de uma universidade do sertão – e não dei bola. Depois ouvi de novo e achei engraçadinha a moça cantarolando na padaria a parte do “velhinha gagá”. Numa fila da vida o refrão escapulia do fone da jovem atrás e todos acompanhavam a promessa de que ele ia “ficar te esperando”. Num encontro com uma amiga semana passada ela disse que sua ajudante em casa vivia pelos cantos suspirando com a canção do tal Luan que prometia que mesmo que tivesse escolhido outro, ele estaria esperando por ela quando se desse conta de que a vida tinha passado, pois ele sempre a amaria.
Bonitinho, né?! Diabólico, isto sim! Se você costuma passar pela vida sem dar muita bola para o que ouve, lê ou vê, pode parecer exagero e até fanatismo da minha parte. Bom, problema seu no fim das contas. Mas seria meu se eu não te contasse sobre isto. Que se vive num Grande Conflito onde o palco principal da luta entre Deus e o Diabo é nossa mente e a luta por dominá-la, isto você já deve ter ouvido. Pois bem, eu acredito piamente nisto. E justamente por acreditar é que não consigo passar por certas coisas sem dar uma segunda olhada, uma atenta analisada. Claro que nem tudo é explícito assim, mas algumas coisas são, como a tentativa desenfreada de acabar com os casamentos, com a estrutura familiar e assim atacar indivíduos mais enfraquecidos, sem os laços de apoio.
As redes sociais e esta sociedade do vazio nos têm deixado à busca de algo que nos emocione, sacie e preencha. É uma corrida atrás de sentido, de satisfação plena que raramente encontra a Fonte real de saciedade. Buscamos preencher uma cratera com um pedregulho qualquer e nos seguimos insatisfeitos pela indisposição de fazer o retorno, de romper com o mal e procurar logo a Deus. É que dá um certo trabalho se acertar com o Pai. Talvez os hábitos atuais e de empolgação momentânea nos alegre demais, talvez alguns amigos nos custe deixar ou podem ser os desejos acariciados, aqueles segredinhos que não queremos abandonar. Então seguimos sabendo que dEle precisamos, mas dEle correndo. Paradoxal.
E esta música é um retrato desta busca pelo imaginário, do cultivo do irreal. São muitas as pessoas, sobretudo as mulheres, em casamentos onde não se dá o máximo e se almeja por outro refúgio. Enquanto a situação atual requer coragem, altruísmo, uma dose de esforço e fidelidade além do que se prega, é mais fácil recorrer à subterfúgios da alma em busca das lembranças que voltam açucaradas e mascaradas. Sabe quando a fruta é ardida, mas botamos doce em volta pra comer disfarçando o gosto real? É assim. Aquele ex-namorado que deixamos ou que nos deixou, aquela paixão platônica que um dia amargou. O seu passado é tirado da traiçoeira memória como papel amassado e descartado, todavia agora reposto sobre a mesa.
Aí cantarola-se:
“Mesmo que você suporte este casamento
Por causa dos filhos, por muito tempo
Dez, vinte, trinta anos
Até se assustar com os seus cabelos brancos”
Dez, vinte, trinta anos
Até se assustar com os seus cabelos brancos”
… e o sonho de um príncipe que te resgate do marasmo parece uma ideia excitante demais para ser descartada pelo rasgo de sobriedade que tenta clarear a mente. Olha para os filhos, para as decepções que ajudou a plantar, para o marido que é seu, mas que não quer mais cuidar e ilude-se pensando que seria melhor com o outro, com aquele, se tivesse ao menos a chance de chacoalhar tudo e recomeçar com o “grande amor” do passado…
Cuidado! De verdade, com carinho, cuidado! Se não deu certo antes, houve motivos. Se esta escolha está ruim agora, talvez seja sua chance de recomeçar com a escolha consciente que fez. Se fosse recomeçar hoje com aquele do passado provavelmente daria uma repaginada no visual, faria charme, falaria de novidades e provocaria situações sedutoras. Pois bem, pode fazer tudo isto com o seu marido aí. Pode ser a “nova” esposa lendo mais, falando de outros assuntos, seduzindo e mudando o penteado de quando em vez. Para que reduzir sua relação hoje, traindo seus votos ainda que em pensamento e desejos secretos? Claro que estou falando isto para mulheres cristãs que acreditam ser filhas de um Rei Eterno, de um Pai de amor. Se não, vai lá na fé de que ele vai mesmo te chamar para sentar no sofá quando estiver velhinha gagá. Muito provavelmente quem fará isto é o enfermeiro te chamando pra trocar as fraldas geriátricas. Mas já demente vai jurar que é uma declaração de amor.
Posted by Fabiana Bertotti on 23 de agosto de 2013 in comportamento |
Tags:casamento, cumplidade, decepção, expectativa, facebook, fidelidade, internet, luan santana, música,namorado, passado, te esperando, traição, velhice
Cuidado! De verdade, com carinho, cuidado! Se não deu certo antes, houve motivos. Se esta escolha está ruim agora, talvez seja sua chance de recomeçar com a escolha consciente que fez. Se fosse recomeçar hoje com aquele do passado provavelmente daria uma repaginada no visual, faria charme, falaria de novidades e provocaria situações sedutoras. Pois bem, pode fazer tudo isto com o seu marido aí. Pode ser a “nova” esposa lendo mais, falando de outros assuntos, seduzindo e mudando o penteado de quando em vez. Para que reduzir sua relação hoje, traindo seus votos ainda que em pensamento e desejos secretos? Claro que estou falando isto para mulheres cristãs que acreditam ser filhas de um Rei Eterno, de um Pai de amor. Se não, vai lá na fé de que ele vai mesmo te chamar para sentar no sofá quando estiver velhinha gagá. Muito provavelmente quem fará isto é o enfermeiro te chamando pra trocar as fraldas geriátricas. Mas já demente vai jurar que é uma declaração de amor.
Posted by Fabiana Bertotti on 23 de agosto de 2013 in comportamento |
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